Israel entregou aos EUA, na última 5ª feira (17.out.2024), um documento com suas condições para uma solução diplomática que encerraria os conflitos no Líbano. A informação foi passada por duas autoridades norte-americanas e duas israelenses ao jornal digital Axios.

Segundo a publicação, o fim dos ataques israelenses em território libanês permitiria que os civis deslocados de ambos os lados da fronteira retornassem para suas casas.

Israel e o grupo Hezbollah, do Líbano, travam um conflito na fronteira desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023, depois de um ataque do Hamas, aliado do grupo extremista libanês. O conflito se intensificou depois de 2 ataques a dispositivos de comunicação utilizados pelo grupo extremista em setembro deste ano. O Líbano acusa o país judeu, que nega a autoria.

Desde então, as FDI (Forças de Defesa de Israel) vêm realizando, com frequência, ataques a locais que, segundo os militares, são ligados ao grupo extremista Hezbollah. São os ataques aéreos mais intensos em quase 1 ano de conflito na região.

Autoridades israelenses disseram à Axios que o documento surgiu de discussões que o Ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, Ron Dermer, teve com o Ministério da Defesa do país e com as FDI sobre os princípios que Tel Aviv exige que sejam parte de qualquer solução diplomática para encerrar os conflitos com o Hezbollah.

Uma das demandas israelense é que as FDI sejam autorizadas a realizar ações para garantir que o Hezbollah não se rearme e reconstrua sua infraestrutura militar nas áreas do sul do Líbano. Outra exigência é que a força aérea de Israel tenha liberdade de operação no espaço aéreo libanês.

Conforme uma autoridade dos EUA ouvidas pelo jornal digital, é altamente improvável que o Líbano e a comunidade internacional concordem com os termos de Israel.